ou (des)Amor Idiossincrático: uma análise do caráter inexoravelmente líqüido do dinamismo emociorelacionamental zaratustriano atual.
Just kiddin’. Hahahahaha O segundo título é pra você, Thommy.=P
A companhia (mais que gostosa) de três amigos nesse domingo, largados num hotel falando merda e profundidades, talvez tenha me trazido, sem querer, reflexões muito mais bem vindas do que eu imaginei. Muitas, e creio que tenha rendido material o suficiente pra diversos posts que ainda virão. Mas uma, em especial, que conversa com o questionamento do último post:
Minha querida Nay, comentando o post anterior, falou sobre a individualização das “fórmulas” da felicidade… Por mais que a marginalidade social intrínseca à nossa natureza (fica para um próximo post) nos dê a liberdade de não ser vítima das prisões sociais, acho que a culpa dessa fuga, resquício de uma criação tradicional, por vezes ainda nos assalte. Quanto das crises existenciais e dos dilemas pelos quais passamos não são, no final das contas, parte culpa dessa culpa?
Hoje percebo que amadurecer não é necessariamente conseguir corresponder às expectativas sociais… De repente, amadurecer é só perceber que não é preciso. Perceber que algumas fórmulas simplesmente não funcionam pra nós – mais: que, de repente, a gente nem precisa de fato encontrar a nossa. Que é o tentar que dá cor às coisas, não o encontrar em si. Encontrar é detalhe, é conseqüência até desnecessária.
Vi que de fato não vou viver uma relação a dois, “straigh-shaped”, tão cedo e que não é porque não estou pronto ou não sou apto… É simplesmente porque não preciso, não me faz falta. Porque não quero. Já vivo um amor – um não, vários! A única diferença é que não fazemos sexo e os chamo de amigos, mas me suprem o afetivo da mesma forma. Até mais. E o sexo… bom, vivemos em São Paulo, né?
Não que eu não vá viver paixões, de forma alguma. Provavelmente muitas ainda, aliás. Mas paixões são assim mesmo: passageiras. Paixões passam e, quando o fazem, trazem o peso da exclusividade. Não só sexual, mas uma mais densa: a afetiva. E essa, sinto muito, não posso suprir.
Sou polígamo. Afetivamente polígamo. E disso não abro mão.